por Fernando PigatoPostado emOs comentários estão desabilitados
No artigo escrito publicado na revista The Atlantic em outubro de 2018, adaptado do livro “21 Lições para o Século 21”, Yuval Noah Harari, historiador e filósofo da Universidade Hebraica de Jerusalém, descreve magistralmente como a Inteligência Artificial possivelmente não causará a revolução das máquinas contra a espécie humana como mostram os filmes, mas muito provavelmente permitirá que grandes corporações ou governos autoritários, detentores de dados e tecnologia, controlem as massas e as subjugue arbitrariamente às suas escolhas.
O aumento da tecnologia e automatização de serviços e decisões farão com que o ser humano dependa cada vez mais dos algoritmos para decisões mais rápidas e assertivas, e aqueles que controlarem os algoritmos poderão controlar a população. Outro fator é que muitas profissões serão substituídas de maneira muito mais eficiente por computadores que poderão processar dados, tomar decisões, compartilhar conhecimento e realizar tarefas mais rapidamente e eficientemente que qualquer ser humano.
Como escreve o autor: “Para evitar tal resultado, por cada dólar e cada minuto que investirmos na melhoria da IA, seria prudente investir um dólar e um minuto na exploração e desenvolvimento da consciência humana”.
Com o crescente avanço da inteligência artificial, habilidades humanas especificas serão as mais demandadas e essenciais para obter sucesso no mercado de trabalho e na vida pessoal. São habilidades menos técnica e mais humanas, denominadas “soft skills”.
As “soft skills” se referem a habilidades interpessoais, comportamentais e de comunicação que não são técnicas ou específicas de uma profissão, mas desempenham um papel crucial no sucesso de um indivíduo no ambiente de trabalho e na vida em geral. Essas habilidades são muitas vezes relacionadas à forma como as pessoas interagem umas com as outras e como lidam com situações diversas. Alguns exemplos comuns de soft skills incluem:
Didatismo e comunicação eficaz: a capacidade e habilidade de comunicar informações complexas de maneira clara e compreensível, facilitando o entendimento e aprendizado por parte do público-alvo. De expressar ideias de maneira objetiva, paciente e não violenta.
Trabalho em equipe: habilidade de colaborar com os outros, compartilhar responsabilidades e alcançar objetivos comuns.
Resolução de problemas: capacidade de analisar situações complexas, identificar soluções e tomar decisões informadas.
Adaptabilidade e flexibilidade: flexibilidade para se ajustar a mudanças e lidar com novas situações de maneira positiva.
Empatia e sensibilidade: habilidade de compreender e compartilhar os sentimentos dos outros, demonstrando compaixão e sensibilidade ao outro, suas necessidades e como atendê-las.
Liderança: capacidade de motivar, inspirar e orientar os outros para alcançar objetivos.
Gestão do tempo: habilidade de priorizar tarefas e gerenciar eficientemente o tempo para atingir metas.
Pensamento crítico e analítico: capacidade de analisar informações de maneira objetiva, avaliar argumentos e tomar decisões fundamentadas.
Inteligência emocional: capacidade de reconhecer, compreender e gerenciar as próprias emoções e as dos outros, promovendo relações interpessoais saudáveis e uma tomada de decisão mais equilibrada.
Criatividade e inovação: capacidade e habilidade de gerar ideias originais e implementá-las de maneira prática, impulsionando o desenvolvimento de soluções novas e eficientes em diversos contextos.
Aprendizado contínuo: a capacidade e a disposição e habilidade para adquirir novos conhecimentos e habilidades ao longo do tempo, permitindo a adaptação constante às mudanças no ambiente pessoal e profissional.
Essas habilidades são cada vez mais valorizadas no mercado de trabalho.
Com o avanço da automação, as habilidades humanas, como empatia, criatividade e pensamento crítico, tornam-se ainda mais importantes, pois são difíceis de serem replicadas por máquinas.
Portanto, investir no desenvolvimento de soft skills não apenas melhora a empregabilidade, além do sucesso profissional também contribui para o sucesso pessoal. Para desenvolver essas habilidades é necessário um processo de aprendizado contínuo e de busca de autoconhecimento que o levará ao autocontrole, a ajuda de um profissional psicoterapeuta o conduzirá por esse caminho.
por Fernando PigatoPostado emOs comentários estão desabilitados
Alguns hábitos e habilidades antropologicamente ligados ao desenvolvimento físico e intelectual da nossa espécie têm sido preteridos, desprezados, esquecidos e substituídos indiscriminadamente por tecnologias de automatismo e pelo uso de plataformas de controles de massa como as redes sociais.
As capacidades de pensar de maneira crítica e relacionar-se com outras pessoas, expressar-se de maneira clara, efetiva e saudável e de realizar trocas sociais benéficas têm se tornado cada vez mais rara na nossa sociedade.
As pessoas, motivadas pelo imediatismo falsamente vendido como sucesso nas redes sociais desejam cada vez mais obter resultados a curto prazo, começam algum novo projeto, as vezes com grande intensidade no início (academia, estudar etc.) mas logo se aborrecem, se desestimulam e se desmotivam desistindo por não estarem dispostas a perseverar e aguardar para obter resultados a médio e longo prazo, muitas vezes às custas de alguns sacrifícios pessoais, logo à seguir começam um novo projeto e desistem novamente.
Somente o processo de engajar-se em atividades benéficas vai permitir que o seu desempenho seja perpetuado e os resultados de médio e longo prazo sejam atingidos, a atenção deve ser deslocada do resultado para o processo, assim o comportamento será mantido pelas conquistas diárias da atividade em si, o resultado será um produto, não mais importante que os ganhos que o precederam e que conduziram o indivíduo até ele.
Alguns hábitos naturais do ser humano, básicos e conhecidos por todos, quase do senso comum, simples em suas características, mas importantíssimos para o bem-estar geral do ser humano, se seguidos, contribuem potencialmente para a saúde física e mental do individuo. Esses hábitos são chamados de “hábitos angulares”, ou hábitos mestres, pois, através deles são atingidos diversos benefícios pessoais e iniciamos uma série de mudanças de comportamentos, desenvolvendo um ciclo retroalimentar de permanência e fortalecimento positivo para a saúde e para a vida. São hábitos que tem o poder de deflagrar mudanças além da sua área, em áreas indiretamente ou não diretamente relacionadas.
Consideramos aqui, cinco hábitos angulares para uma boa saúde mental, são eles:
PRATICAR ATIVIDADE FÍSICA REGULAR
TER UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL
TER UMA BOA NOITE DE SONO
DESENVOLVER O AUTOCONHECIMENTO
BUSCAR CONHECIMENTO ATRAVÉS DA LEITURA E ESTUDOS
Agora veremos uma breve explicação de um a um para auxiliá-lo na instalação e manutenção dos seus hábitos angulares:
1) Primeiro hábito angular: Praticar atividade física regular.
É fundamental praticar uma atividade física, esportes, fazer uma caminhada, ir à academia, pois movimentar-se é uma necessidade inata do ser humano e, além de manter o corpo saudável promove benefícios comprovados para sua saúde mental.
Foram os pensadores Hipócrates (460 a.C. – 370 a.C.), filósofo e médico grego do período clássico considerado o “pai da medicina” e famoso pela sua Teoria dos quatro humores corporais, e Claudio Galeno (129 – 217), filósofo e médico greco-romano que 200 anos mais tarde aperfeiçoou essa teoria, que primeiramente descreveram e indicaram atividades físicas como forma de tratamento para algumas doenças, especialmente as mentais, tornando-se padrão de tratamento nos dois mil anos seguintes e, influenciando de forma direta ou indireta o pensamento ocidental até a idade média e meados do século XVIII.
A relação entre a atividade física e o bem-estar físico e mental é um consenso entre os profissionais de saúde até nos dias de hoje, pesquisas recentes confirmam evidências concretas de que praticar uma atividade física está diretamente associado a uma menor probabilidade de ocorrência de ansiedade, estresse e depressão.
Entre os benefícios físicos podemos destacar a perda de peso, fortalecimento muscular e das articulações, maior resistência corporal, melhora da postura corporal, melhora da capacidade e da resistência muscular e consequente diminuição ou eliminação de dores, melhora o funcionamento do aparelho cardiovascular, melhora o aparelho cardiorrespiratório, a resistência corporal periférica a insulinas e glicoses, melhora a função intestinal e algumas atividades físicas, especialmente as aeróbicas, se realizadas com frequência e intensidade corretas, reduzem o colesterol ruim, as pessoas se tornam mais produtivas, sentem mais disposição e energia ao longo do dia e dormem melhor à noite (outro hábito angular para uma boa saúde mental).
A atividade física promove inúmeros benefícios a todas as pessoas, incluindo aquelas que sofrem de algum transtorno mental, além de que a liberação de neurotransmissores e hormônios relacionados a motivação e a felicidade como (dopamina, endorfina, serotonina, dopamina e ocitocina), entre os benefícios psicológicos que merecem destaque, destacamos alguns que poderão ser de maior interesse:
Redução do estresse: quando estamos estressados nossos músculos ficam tensos, especialmente no rosto, pescoço e ombros, causando fortes dores nas costas e na cabeça, o desconforto e a preocupação com os sintomas físicos podem levar a ainda mais estresse criando um círculo vicioso e potencializando os sintomas. Durante crises de estresse há uma grande liberação do hormônio cortisol no organismo que, cronicamente está associado a uma maior predisposição a depressão. Os exercícios físicos liberam endorfinas no cérebro e ajudam a relaxar os músculos e a aliviar as tensões do corpo.
Melhor qualidade do sono (outro hábito angular para uma boa saúde mental): seguramente menos estressado e preocupado menor será a probabilidade de ter problemas relacionados a insônia, Mesmo uma pequena quantidade de exercícios físicos como uma boa caminhada podem ajudar a regular seus padrões de sono pois, uma vida fisicamente ativa implica no cansaço físico que por si só é um indutor natural de sono e também porque os neurotransmissores liberados durantes as atividade físicas contribuem para uma maior sensação de relaxamento, garantindo um sono de melhor qualidade e sem interrupções que promoverá maior energia e disposição para atividades que necessitam de motivação e, consequentemente mais motivado maior a probabilidade de novos exercícios ou atividade e assim cria-se um ciclo benéfico para o organismo. Se preferir, alguns exercícios físicos como alongamentos ou Yoga promovem o relaxamento e favorecem o sono. Quando você dorme bem uma “limpeza” é realizada no seu cérebro durante o sono profundo através do líquido cefálo raquidiano.
Melhora a capacidade de aprendizado: as atividades físicas aumentam a capacidade de concentração, promovem uma maior capacidade de atenção e foco e consequentemente melhoram a capacidade de aprendizado, as pessoas passam a ter memórias mais nítidas e o próprio hábito de frequentar a academia e o fortalecimento do comportamento de disciplina, de se manter focado num objetivo, instaura no indivíduo uma mentalidade de perseverança do esforço para um comportamento de médio e longo prazo, característica de repertório comportamental fundamental para o sucesso de galgar e atingir objetivos.
Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH): embora a atuação em geral seja medicamentosa, estratégias de compensação podem ser implementadas para melhorar a atenção e a rotina de pessoas com TDAH, uma delas é que exatamente estabelecimento de atividades físicas frequentes, como dito anteriormente, além de melhorar a memória, o próprio hábito instaurado e o comportamento de disciplina, de se manter focado num objetivo, fortalece uma mentalidade de perseverança, de esforço para um comportamento com objetivos de resultados de médio e longo prazo.
Fortalecimento da autoestima e da sensação de bem-estar: se o corpo não está bem tendemos a não nos sentirmos psicologicamente bem. Com a melhora dos desconfortos físicos como dores, a diminuição do estresse e de preocupações com outros sintomas, a diminuição da insônia e consequentemente um bom repouso e descanso, bem como o ganho e fortalecimento de hábitos que favorecem o aprendizado e melhoram a autoconfiança e estimulam sensação de bem-estar. Uma melhora postura corporal e uma melhora estética favorecem o fortalecimento da autoestima. Frequentar uma atividade física em grupo promove ainda a reinserção e maior interação social com maior probabilidade de obter reforços positivos dos grupos a que pertence e se se sentem mais relaxadas e positivas em relação a si mesmas e às suas vidas.
Controle da depressão: quando cérebro possui um sistema de funcionamento denominado “rede de modo padrão” que é ativado sempre quando não estamos em atividade física e mental. Em geral, pessoas que sofrem de depressão tem maior atividade da “rede de modo padrão” e, portanto, menor predisposição para atividade externas ou realização de tarefas ou atividade com outras pessoas, ficam mais voltadas para pensamentos muitas vezes negativos. A técnica de ativação comportamental da TCC Terapia Cognitivo Comportamental que se refere ao engajamento gradativo e crescente do cliente a atividades externas, especialmente a atividades físicas desativam a “rede de modo padrão” provendo uma mudança nos padrões de funcionamento cerebrais e biologicamente alterando a plasticidade cerebral do cliente contribuindo positivamente para a sua recuperação.
Realizar atividades físicas regulares e uma mudança de estilo de vida potencializa os benefícios dos tratamentos indicados por um profissional de saúde, embora estejamos falando de benefícios para a saúde mental, os hábitos angulares favorecem integralmente e preservam a saúde do indivíduo.
Controle da ansiedade e síndrome do pânico: quando começamos a realizar rotineiramente atividades físicas, o hábito e a perseverança começam a apresentar, como citamos anteriormente, resultados e benefícios físicos e mentais, entender que é possível alcançar objetivos e resultados, que é possível assumir controle de alguns aspectos da sua vida e contribuir diretamente com pequenas mudanças de estilo de vida para o seu bem-estar, melhor autoestima e maior autoconfiança diminuem potencialmente os medos em relação a vida e suas adversidades e tornam o indivíduo mais consciente de si mesmo e diretamente diminuem as sensações de ansiedade e a probabilidade de episódios de crises de pânico.
As razões para tantos benefícios estão no fato de que a prática de exercício físico melhora os lipídios e gera biogênese mitocondrial, durante a prática de exercício físico o organismo libera vários hormônios, neurotransmissores, neuro sinalizadores e neuro moduladores, como serotonina, endorfina e dopamina, diretamente relacionados às sensações de satisfação, motivação e bem-estar e que promovem um melhor funcionamento cerebral. Também vale destacar um importante neuro protetor chamado “irisina” liberado durante as atividades físicas diretamente relacionado pelas pesquisas recentes a prevenção de quadros de Alzheimer.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) se toda a população mundial aderisse a atividades físicas regulares, 5 milhões de vidas por ano seriam poupadas de mortes relacionadas tanto ao sedentarismo quanto de transtornos psicológicos.
Você não precisa ser um aficionado por academia ou exercícios físicos para se beneficiar física e mentalmente deles, pesquisas recentes e a própria OMS recomendam que praticar qualquer atividade física com qualquer regularidade é sempre melhor do que não praticar nenhuma, todavia, as recomendações de tempo totais de atividades físicas semanais para adultos são de 150 a 300 minutos de atividades aeróbicas de moderada intensidade ou, de 75 a 150 minutos de atividades aeróbicas de vigorosa intensidade, ou ainda uma combinação de ambos.
São consideradas atividade aeróbicas de moderada intensidade exemplo (caminhada rápida, ciclismo moderado, natação leve, dança de intensidade moderada, em geral exercícios que mantém uma frequência cardíaca elevada, aumento da respiração e pode ser mantida por períodos mais longos sem fadiga extrema, a um nível que permite uma conversa durante a atividade) e são consideradas atividades aeróbicas de vigorosa intensidade exemplo (corrida, treino intervalado de alta intensidade, spinning intenso, natação vigorosa, elevam significativamente a frequência cardíaca e a respiração, geralmente, são mais desafiadores e podem resultar em fadiga mais rápida).
Para garantir melhores resultados, é importante praticar ao menos duas vezes por semana atividade de fortalecimento que envolvam os principais grupos musculares.
Falaremos sobre outros hábitos angulares para a saúde mental nos textos seguintes …
2) Segundo hábito angular: Ter uma boa noite de sono
Melhorar a qualidade do sono envolve a adoção de hábitos e práticas saudáveis que promovem um ambiente propício para o descanso. Como todo hábito ele precisa ser iniciado e praticado até se tornar algo fundamental e rotineiro, para tanto algumas estratégias precisam ser colocadas em práticas até que o hábito esteja construído, consolidado e se torno natural, trabalhando naturalmente a seu favor.
Estabeleça uma rotina, tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, mesmo nos fins de semana, estabeleça rotina relaxante antes de dormir para sinalizar ao corpo que está na hora de descansar, diminua a luz, evite eletrônicos, agitações e estimulantes, mantenha o quarto com a menor luz possível, silencioso e fresco. Uma dica importante é ir para a cama apenas na hora de dormir e somente para este fim, evite comer, ver televisão, estudar. O hábito também se constrói fisicamente, assim você associa o hábito de ir para a cama com o momento e a disposição para dormir.
Desenvolva uma série de atividades tranquilas antes de dormir, como ler um livro, ouvir música suave ou tomar um banho quente. privilegie um ambiente que bloqueie o ruído externo, um local silencioso, também colabora para um ambiente propício para o sono.
O uso de cortinas que impeçam a entrada de luz que podem interferir na produção de melatonina, um hormônio regulador do sono, o mesmo vale para a luz emitida pela tela de dispositivos eletrônicos como o aparelho celular, que deve ser evitado pelo menos uma hora antes da hora de ir dormir. O ciclo circadiano é um ciclo de 24 horas de processos biológicos, geralmente influenciados pela luz e escuridão no ambiente que são essenciais para regular uma variedade de funções fisiológicas e comportamentais em muitos organismos, incluindo seres humanos, o ritmo circadiano mais conhecido é o ciclo sono-vigília, que regula os padrões de sono e alerta ao longo do dia. A exposição à luz, especialmente à luz natural, desempenha um papel crucial na sincronização desses ritmos circadianos. A glândula pineal no cérebro responde à luz, produzindo melatonina durante a noite para promover o sono e diminuindo sua produção durante o dia para manter o estado de alerta. Manter uma rotina regular, incluindo padrões consistentes de sono e exposição à luz, pode ajudar a regular os ritmos circadianos e melhorar a qualidade do sono e do funcionamento geral do corpo, portanto exponha-se à luz natural durante o dia, especialmente pela manhã, para regular o seu relógio biológico e reduza a exposição à luz artificial à noite.
Se acordar durante a noite, nunca, em hipótese alguma, pegue o celular o verifique as horas, esses hábitos dispensam o sono em geral criam ansiedade que desfavorecem a volta do sono.
Evite o consumo de cafeína ou outros estimulantes como doces e açúcares, ou bebidas alcoólicas especialmente durante à noite ou várias horas antes de dormir. Isso também vale para refeições pesadas ou comidas de difícil digestão, também, sempre que possível, limite o consumo de líquidos para evitar interrupções durante o sono.
A prática de atividade físicas regulares contribuem para um sono mais profundo, apenas evite atividades intensas muitos próximas da hora de dormir. Práticas de meditação, yoga, relaxamento, respiração profunda também podem ajudar a reduzir a agitação e o estresse do dia a dia e preparar melhor o corpo e a mente para o sono.
Sempre que possível, verifique a qualidade do seu colchão e travesseiros, eles contribuem para um sono confortável.
Se você continuar enfrentando problemas de sono, pode ser útil procurar a orientação de um profissional de saúde. Distúrbios do sono podem ter causas variadas e, em alguns casos, a consulta a um especialista pode ser necessária.
3) Terceiro hábito angular: Ter uma alimentação saudável
Uma alimentação saudável é aquela que fornece os nutrientes necessários para o bom funcionamento do corpo, mantendo um equilíbrio entre diferentes grupos alimentares. Para se ter uma alimentação saudável, é importante observar a variedade de alimentos ingeridos, hidrate-se sempre que possível, evite alimentos ultra processados, hipercalóricos e hiper palatáveis, evite açúcares, controle o tamanho das porções e planeje suas refeições, o álcool também deve ser evitado.
Variedade de alimentos: Consuma uma variedade de alimentos de todos os grupos alimentares, incluindo frutas, vegetais, grãos integrais, proteínas magras e produtos lácteos com baixo teor de gordura. Isso ajuda a garantir a ingestão de uma ampla gama de nutrientes;
Hidrate-se: Beba bastante água ao longo do dia. A água é vital para várias funções do corpo, incluindo a digestão, absorção de nutrientes e regulação da temperatura;
Evite alimentos processados, ultra processados, hipercalóricos e hiper palatáveis: Reduza a ingestão de alimentos processados, ricos em açúcares adicionados, sódio e gorduras saturadas, desfrute de alimentos indulgentes com moderação. Isso inclui doces, lanches e alimentos menos saudáveis.
Sempre que possível, planeje suas refeições e lanches com antecedência para evitar escolhas alimentares impulsivas. Isso também pode ajudar a garantir uma variedade adequada de nutrientes ao longo do dia.
Lembre-se de que as necessidades nutricionais variam entre as pessoas, dependendo de fatores como idade, sexo, nível de atividade física e saúde geral. É sempre aconselhável consultar um profissional de saúde ou nutricionista para obter orientação personalizada com base nas suas necessidades individuais.
Alimentar-se de forma saudável irá modificar a sua vida positivamente, você se tornará mais saudável, mais produtivo, terá mais energia e disposição, menor propenso a problemas de saúde e doenças, ficará mais satisfeito com a sua forma física, terá mais disposição para atividades, terá um aumento da sua autoestima e consequentemente aumento do autoconhecimento.
4) Quarto hábito angular: Desenvolver o autoconhecimento
O autoconhecimento refere-se à compreensão profunda de si mesmo, incluindo suas características, valores, crenças, emoções, motivações e padrões de comportamento e como adaptar essas características para o melhor proveito pessoal e para o melhor convívio e benefício das pessoas ao seu redor, para viver melhor e de maneira mais feliz com as pessoas a sua volta. Desenvolver o autoconhecimento é um processo contínuo que envolve dedicação constante, tempo para reflexão e exploração interna e a disposição de se conhecer mais profundamente.
A ajuda de um profissional psicólogo pode ser valiosa para auxiliar a explorar questões mais profundas e desenvolver uma compreensão mais clara de si mesmo, seus limites e suas potencialidades, refletir sobre suas experiências, pensamentos e sentimentos, o que é importante para você, como você se vê e aos outros e como isso impacta na sua vida e no seu ambiente, o auxilia a avaliar suas forças, fraquezas, habilidades e áreas de melhoria, identificar padrões de comportamento recorrentes e disfuncionais que o têm prejudicado em diferentes áreas da sua vida e a corrigi-los. Compreender e definir quais são os seus valores fundamentais, o que o motiva, quais são os seus propósitos essenciais, e que suas escolhas e ações estejam alinhadas com eles, entender o que é mais importante em sua vida.
O processo de autoconhecimento promove uma melhor consciência emocional e uma maior inteligência emocional, que se refere à capacidade de reconhecer, compreender e gerenciar nossas próprias emoções, bem como a habilidade de reconhecer, compreender e influenciar as emoções dos outros. A inteligência emocional geralmente é dividida em cinco componentes principais: 1. Autoconsciência: que é a capacidade de compreender suas próprias emoções, reconhecendo seus sentimentos e compreendendo como eles influenciam seu comportamento. 2. Autorregulação: a capacidade de controlar impulsos emocionais e manter o equilíbrio emocional mesmo em situações desafiadoras. Isso envolve a capacidade de lidar com o estresse e a pressão. 3. Motivação: é a capacidade de estabelecer metas significativas e persistir em direção a elas, mesmo diante de desafios. Isso também envolve a busca pelo autodesenvolvimento. 4. Empatia: que é a capacidade de ompreender as emoções dos outros e responder de maneira apropriada. Isso envolve a habilidade de se colocar no lugar dos outros, reconhecendo e respeitando suas perspectivas. 5. Habilidades sociais: que é a capacidade de desenvolver relacionamentos saudáveis e eficazes, comunicando-se de maneira clara, resolvendo conflitos de forma construtiva e influenciando os outros de maneira positiva. A inteligência emocional desempenha um papel crucial em diversas áreas da vida, desde o relacionamento interpessoal até o desempenho profissional. Pessoas com alta inteligência emocional tendem a ter relacionamentos mais satisfatórios, lidar melhor com o estresse, tomar decisões mais ponderadas e ser mais eficazes em ambientes de trabalho colaborativos.
A meditação e a prática da atenção plena (mindfulness) podem ajudar a acalmar a mente e a aumentar a consciência do momento presente, essas práticas facilitam a observação sem julgamento dos pensamentos e emoções, promovendo um bem estar e um entendimento mais claro de si mesmo e aliviam e reduzem a ansiedade. É fundamental que você tenha gratidão genuína pelo que você tem ou conquistou, por menor que lhe pareça, seja o seu trabalho, um curso, a família etc.
Esteja aberto a críticas construtivas de amigos, mentores e familiares que possam contribuir e promover o seu crescimento pessoal, manter uma rotina de registro de pensamento e sentimentos também pode ajudar a identificar e reconhecer padrões nos quais talvez seja necessário buscar alguma mudança, empreender e enfrentar essas mudanças pode gerar algum desconforto, é importante que essas mudanças sejam encaradas sem julgamento excessivo, dogmático ou desmedido, em geral quando valores estão ligados a regras externas sem muito sentido para o indivíduo. Lembre-se de que o autoconhecimento é um processo contínuo, individual e coletivo, não podemos nos esquecer que estamos inseridos em uma sociedade a qual fazemos parte e que dependemos dela para o nosso bem-estar e felicidade.
Pode-se obter o autoconhecimento também através do aprendizado contínuo, esteja aberto a aprender mais sobre diversos assuntos e consequentemente aprender sobre si mesmo e sobre as pessoas e o mundo, este é exatamente o nosso próximo tópico.
5) Quinto hábito angular: Buscar conhecimento através da leitura e estudos
O hábito da leitura pode trazer diversos benefícios para o bem-estar mental e emocional, além de ser uma atividade fundamental para o aprendizado contínuo.
A leitura envolve o cérebro de maneira ativa, estimulando áreas relacionadas à atenção, linguagem, cognição, disciplina e imaginação. Manter o cérebro ativo contribui para a saúde mental e a prevenção de problemas como a perda de memória, além disso, a leitura requer foco e concentração e ao praticá-la regularmente, você aprimora sua capacidade de se concentrar por períodos mais longos, habilidade essencial para o aprendizado, para o trabalho e para desenvolver uma grande gama de tarefas do dia a dia, cultivar o hábito da leitura, requer ainda, desenvolver a autodisciplina, a capacidade de reservar tempo regularmente para a leitura pode se estender para outras áreas da vida, promovendo hábitos saudáveis e a realização de metas.
A leitura regular pode estimular a criatividade, incentivando a imaginação e a capacidade de visualizar cenários e personagens, ajuda a expandir o vocabulário e aprimorar as habilidades linguísticas, o que não só beneficia a comunicação escrita e oral, mas também contribui para um pensamento crítico e mais articulado e consequentemente para uma melhor comunicação, eficácia e clareza com outros indivíduos, melhorando assim a qualidade das suas relações. A leitura de histórias que exploram diferentes culturas, experiências e perspectivas pode aumentar a empatia, ajudando a compreender e se relacionar melhor com as pessoas ao seu redor.
Dedicar-se a leitura é uma maneira eficaz de adquirir novos conhecimentos, livros abordam uma ampla gama de tópicos, permitindo que você se aprofunde em áreas de interesse específicas e expanda seus horizontes, a exposição a diferentes pontos de vista e informações desafia o pensamento, incentivando o desenvolvimento do pensamento crítico e analítico e pode ser uma forma eficaz de escapar das preocupações do dia a dia, ao mergulhar em um livro, você pode se transportar para diferentes mundos, experimentar novas perspectivas e reduzir o estresse acumulado que pode inclusive atrapalhar a qualidade do sono, ler antes de dormir pode ajudar a relaxar a mente e preparar o corpo para uma boa noite de sono.
Incorporar a leitura como parte de sua rotina diária pode ser uma estratégia valiosa para promover o bem-estar emocional, aprimorar o aprendizado e enriquecer sua vida de maneiras diversas, se você é uma pessoa que não tem o hábito da leitura, a dica é começar aos poucos, busque temas do seu interesse e livros de menor calibre, que sejam mais fáceis de concluir e assim você será reforçado por concluí-lo, aprenda, como tudo na vida, a obter reforço e a colher benefícios desse hábito, é um hábito angular que irá promover mudanças e muitos benefícios para quem o pratique. Além do conhecimento, você poderá aprender novas habilidades, ter um melhor conhecimento de si e dos outros.
Seja organizado no trabalho e na sua vida pessoal, isso aumenta a sua credibilidade e a sua capacidade de cumprir com os seus objetivos e as suas responsabilidades, além de contribuir diretamente com a suas metas pessoais, organize seu dia a dia, crie uma rotina e organize os seu horários, a organização é uma função do córtex pré-frontal que é a porção mais evoluída e nova dos seres humanos e que nos diferenciam de outros animais, organizar-se é trabalhar a favor da evolução e favorecer o funcionamento do córtex pré-frontal.
Uma rotina de estudos e a constante busca por novos conhecimentos o mantém sempre intelectualmente ativo e não o deixam defasado, tiram-no da zona de conforto e o colocam no que chamamos de zona de segurança, por estar sempre preparado e obtendo mais aprendizado, o mundo muda e evolui constantemente e estar sempre adquirindo conhecimento e se modernizando o faz avançar e não ficar obsoleto ou desadaptado.
Equilibrar a sua vida com hábitos angulares positivos e principalmente evitar hábitos pouco saudáveis, especialmente os ligados ao ócio e sedentarismo, ao excesso de uso de eletrônicos e redes sociais, essas ferramentas foram construídas e desenhadas através de estudos psicológicos e os usam de maneira nociva, nefasta para que as pessoas se tornem dependentes do seu uso através de um sistema de recompensa e consequente liberação dopaminérgica gerando dependência do uso desses aplicativos, o excesso de estimulação leva ao anedonismo que é a perda da capacidade de se estimular com prazer com coisas simples e acessíveis, sendo necessário reestabelecer a homeostase do organismo para que ele volte e se adaptar as recompensas cotidianas e a se tornam feliz com elas.
Portanto, buscar a melhoria da sua saúde mental está diretamente relacionado com uma melhoria da sua saúde física e geral, a expressão “Mens sana in corpore sano” (mente sã em corpo são) tem origens na Roma Antiga e é atribuída ao poeta romano Décimo Júnio Juvenal, 55 – 127 d.C., e parte de um poema satírico chamado “Sátiras” no final do século I e início do século II, uma coleção de dezesseis poemas, organizada em cinco livros, uma crítica à sociedade decadente da Roma Antiga. A passagem destaca a importância da harmonia entre a saúde mental e física para uma vida plena e equilibrada.
por Fernando PigatoPostado emOs comentários estão desabilitados
O processo de conhecer a si mesmo, compreender suas emoções, valores, habilidades e limitações é fundamental para o desenvolvimento pessoal e para a tomada de decisões mais conscientes na vida. O autoconhecimento é um processo contínuo, individual e coletivo, não podemos nos esquecer que estamos inseridos em uma sociedade da qual fazemos parte, que dependemos dela para o nosso bem-estar e felicidade e desenvolver habilidades sociais necessárias para lidar e conviver harmoniosamente com outras pessoas é fundamental.
O número de pessoas que têm algum tipo de sofrimento mental tem aumentado a cada dia, seja uma crise pontual, ou mesmo um transtorno mental mais grave ou até mesmo uma dificuldade de se relacionar afetivamente com pessoas ao seu redor, na família, no trabalho ou no seu círculo de amigos, atesta que como indivíduos e como sociedade não estamos aprendendo algumas habilidades socias básicas, inerentes a nossa espécie, habilidades essas que antes nos ajudavam a enfrentar com maior resiliência situações desafiadoras e a aprender com elas, a lidar com situações desafiadoras e conflitos, naturais e desejados da vida e do convívio coletivo humano, aprender, se fortalecer e evoluir com elas,
Embora tenhamos evoluído, a perda de habilidades tão necessárias para uma construtiva e saudável interação social decorrem principalmente do modelo de vida que temos adotado com o desenvolvimento e a modernização, o aumento da polarização de ideias, da violência e o medo têm levado as pessoas a serem cada vez mais superficiais em suas relações, a se fecharem, ficarem cada vez mais sozinhas em seus “espaços seguros”, interagindo e se relacionando online, afastando-se das práticas e dos exercícios sociais coletivos diárias, de compreensão do outro, de ganhos de repertório comportamental, de aprendizagem, de tolerância, de auto ajuste, etc. Adultos e especialmente crianças por não terem sido ensinadas a se relacionar e por se aprofundarem cada vez menos em suas relações, perdem em não aprender e em não desenvolver essas habilidades fundamentais, produtos da convivência social diária, e consequentemente perdem os ganhos e pessoais sociais, produtos dessa interação.
A sociedade atual globalizada pressiona as pessoas cada vez mais, especialmente crianças e adolescentes, a destacar-se rapidamente, a terem resultado financeiro, a mostrarem-se vitoriosos na vida, o imediatismo e a pressão por aparência acima de tudo é fomentada ininterruptamente pelas redes sociais que enganosamente apresentam uma visão de mundo distorcida onde o sucesso e a riqueza são fundamentais para a felicidade e podem ser obtidos a qualquer custo, rapidamente e com pouco esforço e sem a necessidade de outras pessoas.
Os resultados são cada vez mais comuns, um aumento crescente exponencial de problemas de saúde mental, problemas psicológicos, crises e dificuldades sociais diretamente relacionados a inabilidade social, intolerância ao outro, excesso de timidez, egocentrismo, falta de habilidade de interagir com familiares, dificuldade de solucionar o mitigar divergências de opiniões e mesmo de aprender com elas, minando de modo crescente a capacidade de se relacionar, conquistar e manter uma posição profissional por não conseguir sustentar minimamente um relacionamento saudável com seus colegas, de manter um relacionamento sexual afetivo equilibrado.
A perda da habilidade de se relacionar adequadamente pode ser atribuída a uma variedade de fatores, muitos dos quais estão relacionados às mudanças na sociedade e na forma como as pessoas interagem atualmente:
Novas tecnologias e abuso do uso de mídias sociais: o uso excessivo de dispositivos eletrônicos e a dependência de mídias sociais podem levar as pessoas a se isolarem em um mundo virtual, reduzindo a interação face a face. Isso pode resultar em dificuldades de comunicação e em relacionamentos mais superficiais.
Estilo de vida acelerado: o ritmo acelerado da vida moderna, com agendas super ocupadas e pressões constantes, pode fazer com que as pessoas tenham menos tempo e energia para investir em relacionamentos significativos.
Falta de habilidades sociais: algumas pessoas podem não ter desenvolvido habilidades sociais eficazes devido a experiências passadas, falta de oportunidades para praticar ou uma ênfase excessiva em interações online em detrimento das habilidades sociais interpessoais.
Individualismo exacerbado: em algumas culturas, o individualismo excessivo pode levar as pessoas a priorizarem seus próprios interesses em detrimento das relações interpessoais. Isso pode resultar em dificuldades para construir e manter relacionamentos saudáveis.
Medo da rejeição e vulnerabilidade: o medo da rejeição e a relutância em se abrir emocionalmente podem inibir a formação de conexões genuínas. O receio de ser vulnerável pode levar as pessoas a manterem distância emocional e a falta ou pobreza do convívio social atual levam as pessoas a cada vez mais se sentirem vulneráveis ao julgamento das outras.
Falta de empatia: a falta de empatia pode ser um obstáculo significativo para a compreensão e a construção de relacionamentos. O egocentrismo e a falta de consideração pelos sentimentos dos outros podem prejudicar a conexão interpessoal. Algumas pessoas podem enfrentar estigmas sociais, discriminação ou isolamento, o que pode dificultar a participação ativa em relações sociais.
Mudanças nas dinâmicas familiares: mudanças nas estruturas familiares e nas dinâmicas sociais podem afetar as habilidades de relacionamento das pessoas. Isso inclui o aumento de famílias monoparentais, trabalho excessivo dos pais e menor tempo dedicado à interação familiar. Algumas famílias servem aos filhos sem lhes ensinar as habilidades básicas cotidianas fundamentais, a buscar aquilo que desejam ou a como construir relações positivas e saudáveis uns com os outros, enquanto os filhos horas intermináveis em frente a jogos eletrônicos com pobreza de contato e interação social.
Aumento do estresse e problemas de saúde mental: o estresse crônico, a ansiedade e outros problemas de saúde mental podem afetar negativamente as habilidades de comunicação e a disposição para se envolver em relacionamentos interpessoais.
A falta de habilidades sociais pode ter vários impactos negativos na vida de uma pessoa:
Dificuldades nos relacionamentos e isolamento social: a incapacidade de se comunicar efetivamente, expressar emoções de maneira assertiva ou de lidar com conflitos pode levar ao desenvolvimento de relacionamentos problemáticos e consequentemente isolamento social. Pessoas com habilidades sociais limitadas podem se afastar ou serem afastadas de pessoas, se sentir isoladas e enfrentar dificuldades para fazer novas amizades ou participar de grupos sociais.
Dificuldades na resolução de conflitos: a incapacidade de resolver conflitos de maneira construtiva pode levar a situações prolongadas de tensão e desgaste nos relacionamentos.
Problemas no ambiente de trabalho: no ambiente profissional, a falta de habilidades sociais pode prejudicar a colaboração, a comunicação eficaz, limitar as oportunidades de relacionamentos, colaboração eficaz e o avanço e a progressão na carreira.
Problemas de saúde mental: a dificuldade em lidar com situações sociais pode contribuir para o desenvolvimento de problemas de saúde mental, como ansiedade, depressão e baixa autoestima e autoconfiança.
É importante trabalhar ativamente para fortalecer as habilidades sociais e a capacidade de construir relacionamentos significativos. Isso pode envolver práticas como desenvolvimento de habilidades sociais, assertividade na expressão e comunicação, conscientização sobre o correto e moderado uso das tecnologias, busca de apoio psicológico quando necessário e principalmente a promoção de uma cultura que valorize a conexão humana. Devemos ressaltar que, não é somente desejável, é fundamental interagir socialmente e se adaptar ao mundo atual, fazemos parte de uma sociedade e quanto mais nos afastamos do convívio com as outras pessoas menos adaptadas e menos habilidades estaremos desenvolvendo, uma desenvolução de competências e habilidades e um enfraquecimento de funções cerebrais necessárias para uma boa saúde mental ocorrerá, muito será perdido, não estamos falando apenas de não conseguir conversar, se expressar ou se aproximar de alguém, estamos falando de perdas orgânicas, neuro funcionais.
Aprender as habilidades necessárias para sentir, ser capaz de lidar com situações difíceis, criar um estilo de vida positivo e reforçador onde se possa prevenir sofrimentos possíveis e a lidar de maneira adequada e construtiva com sofrimentos inevitáveis, é fundamental, especialmente na primeira infância, mas quando isso não ocorre adequadamente, chegamos a idade adulta disfuncionais, com o senso de orientação prejudicado, nos comportando inadequadamente e sequer temos consciência de como isso ocorre.
Sem ter clareza do que sentimentos, dos nossos limites e necessidades, somos incapazes de nos comunicar adequadamente, desconectados de nós mesmos, criamos erroneamente maneiras próprias inadequadas de nos comportar com a qual vamos nos habituando ao longo da vida, indiferentes a isso vamos sobrevivendo por um caminho confuso e de muitas repetições por vezes dolorosas.
O melhor caminho seria auxiliar crianças e jovens, através de suas famílias e sua rede de apoio ou de um profissional da psicologia, a conquistarem uma maior consciência de si mesmos e autoconhecimento. Quando o comportamento disfuncional já está estabelecido, especialmente em adultos, a psicoterapia poderá ajudá-lo a compreender e agir sobre seus comportamentos disfuncionais, a mudar hábitos arraigados promovendo um maior bem-estar pessoal e para as pessoas a sua volta.
A busca do autoconhecimento promove muitos benefícios para o indivíduo, é uma jornada contínua que oferece inúmeros benefícios para a qualidade de vida, relacionamentos interpessoais, sucesso pessoal e bem-estar emocional:
Autoconsciência superior: conhecer a si mesmo envolve estar ciente de seus pensamentos, emoções, valores, habilidades, fraquezas e comportamentos. Essa consciência permite que você compreenda melhor como você reage a diferentes situações e como suas ações afetam os outros.
Tomada de decisão mais assertiva: o autoconhecimento ajuda na tomada de decisões mais informadas. Ao entender suas motivações, metas e valores, você pode fazer escolhas alinhadas com sua verdadeira essência, o que geralmente leva a decisões mais gratificantes e significativas.
Relacionamentos mais saudáveis: conhecer a si mesmo é crucial para construir relacionamentos saudáveis. Isso permite que você comunique suas necessidades, compreenda as dos outros e estabeleça limites eficazes. Relacionamentos mais autênticos e profundamente conectados são frequentemente construídos sobre uma base de autoconhecimento mútuo.
Crescimento pessoal: o autoconhecimento é essencial para o crescimento pessoal. Ao identificar áreas em que você pode melhorar, pode trabalhar ativamente para desenvolver novas habilidades e superar desafios. Isso cria uma jornada contínua de autodesenvolvimento e aprimoramento tanto na sua vida pessoal quanto na sua vida profissional.
Gestão do estresse: compreender suas reações ao estresse e identificar suas fontes permite que você desenvolva estratégias eficazes para lidar com as pressões da vida. Isso pode incluir a prática de técnicas de gestão do estresse, como meditação, exercícios físicos ou outras atividades que promovam o equilíbrio emocional.
Autoaceitação: o autoconhecimento leva à autoaceitação. Reconhecer suas qualidades positivas e aceitar suas imperfeições cria uma base sólida para construir uma autoestima saudável. O que não significa se aceitar como é, você deve lidar ativamente para corrigir seus erros e se desenvolver para se tornar uma pessoa melhor todos os dias.
Objetivos claros: ao conhecer seus valores e paixões, você pode estabelecer metas que estejam alinhadas com o que é verdadeiramente importante para você. Isso aumenta a motivação e a probabilidade de alcançar esses objetivos e de se realizar com eles.
Adaptação a mudanças: em um mundo que está constantemente mudando, o autoconhecimento permite que você se adapte mais facilmente às mudanças. Saber como você reage às mudanças e entender suas próprias habilidades de resiliência pode ser valioso em situações de transição, quanto mais mentalmente flexível você puder ser menor serão suas dificuldades em se adaptar a situações e a acompanhar as mudanças do mundo.
A busca pelo autoconhecimento está ligada ao desenvolvimento de habilidades sociais que se referem ao conjunto de comportamentos, atitudes e competências que permitem que uma pessoa interaja eficazmente com os outros em diferentes contextos sociais. Essas habilidades desempenham um papel crucial na construção e manutenção de relacionamentos saudáveis e bem-sucedidos:
Comunicação eficaz: expressar pensamentos, sentimentos e ideias de maneira clara e assertiva, além de ouvir atentamente os outros.
Empatia: entender e compartilhar os sentimentos dos outros, demonstrando compreensão e consideração pelos seus pontos de vista, mesmo quando não estiver de acordo.
Resolução de conflitos: habilidade para lidar com conflitos de maneira construtiva, procurando soluções que beneficiem ambas as partes envolvidas.
Assertividade: expressar opiniões, necessidades e desejos de maneira direta e respeitosa, sem ser agressivo ou passivo.
Colaboração: trabalhar efetivamente em grupo, contribuindo para objetivos comuns e respeitando as contribuições dos outros.
Autocontrole emocional: gerenciar emoções de maneira saudável, evitando reações impulsivas e comportamentos prejudiciais.
Habilidade de iniciar e manter conversas: ser capaz de iniciar e manter uma conversa de maneira natural e agradável.
Respeito às diferenças: aceitar e respeitar a diversidade de pensamentos, culturas e perspectivas.
Desenvolver autoconhecimento e habilidades sociais é um processo contínuo que envolve tempo e dedicação, procurar orientação e acompanhamento de um profissional da psicologia pode enriquecer a sua vida pessoal, social e profissional.
por Fernando PigatoPostado emOs comentários estão desabilitados
Por que o autoconhecimento é tão importante?
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Herbert J. Freudenberger (Alemanha, 1926 – Nova Iorque, 1999) foi o psicólogo que descreveu os sintomas de esgotamentos profissional que levou a cabo um amplo estudo que sobre a Síndrome de Burnout…
“Motivação é um estado de prontidão para mudanças ou de avidez para mudança, que pode oscilar de tempos em tempos ou de uma situação para a outra. Esse também é um estado que pode ser influenciado.” William R. Miller